evar o celular para a cama acredito ser uma ação quase "natural" de milhões de brasileiros. É como se isso fizesse parte do ritual de dormir. Associado a essa ação, é comum que, antes de apagar as luzes, se dê aquela última espiadela no WhatsApp e, só então, um 'boa noite'.
Também é um ato "natural" acordar e, adivinhe, pegar o celular. A primeira espiadela é, novamente, no WhatsApp, para um 'bom dia'.
Assim, é só dar o play e pronto: a cada momento, minuto ou até segundo, quem está com você? Ele, o WhatsApp. Afinal, para muitos, WhatsApp é sinônimo de internet.
Por essas e outras razões, o WhatsApp é o aplicativo de mensagens mais influente no Brasil.
Segundo o site RD STATION, "com base nos cálculos utilizados pela We Are Social e Meltwater, ele passou a ser, também, a rede social mais usada no Brasil em 2023. A pesquisa aponta que 93,4% dos usuários de internet brasileiros, entre 16 e 64 anos, utilizam o WhatsApp, o que equivale a 169 milhões de usuários."
Fonte: https://www.rdstation.com/blog/marketing/redes-sociais-mais-usadas-no-brasil/
Se este aplicativo faz parte de sua vida pessoal e profissional, que reflexões importantes o uso frequente e intenso do WhatsApp pode trazer?
Como está o seu atendimento? Como tem sido sua forma de comunicar e, portanto, de conectar pessoas e empresas? Você tem um método de resposta? Ou seu método é apenas figurinha?
Com certeza, sua "caixa de figurinhas" deve estar bem lotada e sempre pronta para ser usada.
E quanto à sua comunicação? Como estão seus textos, como inicia, trata as pessoas e encerra uma mensagem? Eles seguem um caminho, um modelo, um método?
No mundo digital atual, como as empresas se comunicam com seus clientes mudou significativamente. O WhatsApp, aplicativo de mensagens instantâneas, se tornou uma ferramenta indispensável para o atendimento ao cliente, e a importância de um bom atendimento por esse canal é crucial para uma jornada de sucesso.
Não podemos — e, aliás, nem devemos — negar que o WhatsApp, de alguma forma, facilita nossa vida pessoal e profissional. Não é por acaso que faz parte da vida de bilhões de pessoas e, em especial, dos brasileiros.
Destaco alguns pontos dessa plataforma que facilitam nossa vida profissional:
Excelente, não é? Porém, existem alguns "poréns", pois o que é fácil, se não for bem estruturado, vira um grande problema.
Por exemplo, devido à informalidade que o WhatsApp gera, ouso do gerúndio, apesar de todos os apelos para evitá-lo, ou melhor, eliminá-lo, é muito comum. Parece que, para muitas pessoas e empresas, não há necessidade de cuidar dessa comunicação e, por isso, ela está "livre". Não é difícil encontrar respostas automáticas com a frase "vamos estar respondendo em breve"... Leiam e deletem essa frase — o gerundismo parece um vírus poderoso de alta contaminação.
Além disso, o atendimento "sem horário" passa a sensação de que não temos direito ao descanso ou ao lazer, pois lá estamos nós, "fuçando" o WhatsApp. E, se não respondemos, surge uma autocobrança de que estamos atrasados.
E quando as respostas vêm de um robô? Isso até pode facilitar, mas, se a configuração não for devidamente testada, customizada e avaliada, pode se tornar outro problema.
O WhatsApp, com toda a sua praticidade e proximidade, parece ter se tornado não apenas uma ferramenta de comunicação, mas uma extensão de nós mesmos, presente nos momentos de "boa noite" e "bom dia". Mas será que essa proximidade extrema está nos servindo ou nos aprisionando? Em meio à conveniência, deixamos a comunicação se tornar automática, impessoal e, em alguns casos, invasiva. Usamos figurinhas e respostas prontas, mas onde fica o toque humano?
É hora de refletir: o WhatsApp realmente nos conecta ou, na ânsia de estar sempre disponível, estamos apenas preenchendo vazios de comunicação? Será que estamos nos comunicando ou apenas trocando mensagens? Avalie como você está usando essa ferramenta e pergunte-se se ela está realmente a serviço da qualidade nas suas relações — ou apenas a serviço da pressa e da superficialidade.
Renomado na área de educação e liderança, Leonardo Moraes é Doutor em Educação pela PUC-SP e Mestre em História pela UnB. Com graduações em Sociologia pela UFG, ele também é especialista em História do Brasil, Docência Universitária, Gestão de Arquivos e Liderança e Gestão Organizacional. Seu aprofundado conhecimento é enriquecido por certificações do Disney Institute em excelência empresarial, qualidade de serviço e estratégias de engajamento. Além disso, é certificado pelo IDEPRO no curso Estratégia da Magia, realizado no Complexo Disney.
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